Para o professor

Aquele que é mestre na arte de viver

faz pouca distinção
entre o seu trabalho e o seu tempo livre,
entre a sua mente e o seu corpo,
entre a sua educação e a sua recreação,
entre seu amor e a sua religião.
Distingue uma coisa da outra com dificuldade.
Almeja, simplesmente, a excelência
em qualquer coisa que faça,
deixando aos demais a tarefa de decidir
se está trabalhando ou se divertindo.
Ele acredita que está sempre fazendo
as duas coisas ao mesmo tempo.

Domenico de Masi


"Sem a curiosidade que me move, que me inquieta, que me insere na busca, não aprendo nem ensino".
(Paulo Freire )



sábado, 19 de setembro de 2009

Trabalhando Lendas do Rio Grande do Sul






A Lenda do João de Barro




Conta uma lenda indígena que, há muito tempo, numa tribo do Rio Grande do Sul , um jovem apaixonou-se
por uma moça de grande beleza. Melhor dizendo: - apaixonaram-se. Jaebé , o moço , foi pedi-la em
casamento.
O pai dela perguntou: - Que provas podes dar de sua força para pretender a mão da moça mais formosa da
tribo? As provas do meu amor! - respondeu o jovem. O velho gostou da resposta mas achou o jovem
atrevido. Então disse: - O último pretendente de minha filha falou que ficaria cinco dias em jejum e morreu
no quarto dia.
Eu digo que ficarei nove dias em jejum e não morrerei.
Toda a tribo se espantou com a coragem do jovem apaixonado. O velho ordenou que se desse início à
prova. Enrolaram o rapaz num pesado couro de anta e ficaram dia e noite vigiando para que
ele não saísse nem fosse alimentado. A jovem apaixonada chorou e implorou ao deus Lua que o mantivesse vivo para seu amor.
O tempo foi passando. Certa manhã , a filha pediu ao pai: - Já se passaram cinco dias. Não o deixe morrer.
O velho respondeu: - Ele é arrogante. Falou nas forças do amor. Vamos ver o que acontece. E esperou até a última hora do novo dia. Então ordenou: - Vamos ver o que resta do arrogante Jaebé.
Quando abriram o couro da anta, Jaebé saltou ligeiro. Seu olhos brilharam, seu sorriso tinha uma luz
mágica. Sua pele estava limpa e cheirava a perfume de amêndoa. Todos se espantaram. E ficaram mais espantados ainda quando o jovem, ao ver sua amada, se pôs a cantar como um pássaro enquanto seu corpo, aos poucos, se transformava num corpo de pássaro!
Exatamente naquele momento, os raios do luar tocaram a jovem apaixonada , que também se viu transformada em um pássaro.
E, então, ela saiu voando atrás de Jaebé, que a chamava para a floresta onde desapareceu para sempre.
Contam os índios que assim que nasceu o pássaro joão-de-barro.
A prova do grande amor que uniu esses dois jovens está no cuidado com que constrói sua casa e protegem os filhotes.
E os homens amam o joão-de-barro porque lembram da força de Jaebé, uma força que vinha do amor e foi maior que a morte.


(Lenda Gaúcha)






Depois de contar a Lenda do João de Barro saimos a procura da casa do João de Barro (nossa escola fica no Campus de uma Universidade do RS, e é favorecida em espaço físico, rodeada por natureza, árvores e tem muitas casas do João de Barro) foi maravilhoso e os alunos adoraram!!!
Depois da nossa saída de campo modelamos em argila a casa do João de Barro, e realizaram desenhos sobre a lenda.
Acima em exposição na escola desenhos da Lenda e do Tradicionalismo Gaúcho feitos pelos alunos do Jardim B.



ursinhos

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